Aprender com Davi - Prudência

"Então respondeu um dos moços, e disse: Eis que tenho visto a um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente e vigoroso, e homem de guerra, e prudente em palavras, e de gentil presença; o SENHOR é com ele." (I Samuel 16.18)

 A descrição de Davi por um dos oficiais do Rei Saul dava conta de que ele era uma pessoa "prudente em palavras", ou, em outras versões, "sisudo em palavras". No dicionário, prudência significa "virtude que faz prever e procura evitar as inconveniências e os perigos; cautela, precaução". Siso quer dizer "bom senso; juízo". 

Daí temos uma importante característica em Davi: ponderação nas palavras. Isso mesmo. Não era uma pessoa que falava besteiras, não saía por aí dizendo logo o que vinha na mente. Há pessoas que consideram virtude dizer o que pensam, sem considerar suas palavras, e facilmente ofendem algém ou posam de tolo. Há outras que falam primeiro num impulso sanguíneo e depois se arrependem. Na verdade, isso é criancice e imaturidade. 

Uma das coisas que faziam de Davi um homem admirável era que ele sabia falar. Isso não quer dizer exatamente eloquência ou precisão retórica, mas ter uma palavra certa na hora certa. Essa é uma característica para se aprender e desenvolver. Qualquer pessoa pode ser "prudente em palavras" se houver empenho nisso e o livro de provérbios está recheado de instruções sobre como agir assim.

Foi Davi quem escreveu: "O meu coração ferve com palavras boas... a minha língua é a pena de um destro escritor" (Sl 45.1 - RC). Ele era bom em palavras porque enchia seu coração com boas palavras. Certa vez, censurando os fariseus Jesus disse: "Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca" (Mt 12.34).

Do que você tem enchido o "baú do tesouro" do seu coração (Mt 12.35)? De coisas ligadas a Deus ou a este mundo? Procure encher seu coração das coisas de Deus, pois haveremos de prestar contas a Deus de cada palavra ociosa que dizemos (Mt 12.36-37).

Que Deus o revista de prudência.

Pr. Márcio Lopes